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Jovens da Maristela seguem o chamado para o sacerdócio


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Cada um de nós temos a missão de cumprir o que diz nas escrituras: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! (Marcos 16,15). É dever de cada cristão ser testemunha viva do amor de Jesus por nós. 

Entretanto, muito mais do que um simples chamado, tem pessoas que têm a vocação para  transmitir essa presença de Deus e se doar inteiramente a sua obra, como é o caso dos jovens Matheus Pessoa Rodrigues e Eduardo Bohac Ferreira da Rosa, que cresceram na Paróquia Nossa Senhora do Carmo e disseram “sim” para o propósito de Cristo. 

“O discernimento, as escolhas fazem toda a diferença em nossa vida. Precisamos ter muito claro qual é a nossa vocação, o chamado em que realizamos e muitas vezes não está muito claro. Por isso, nós observamos alguns que entram para a vida sacerdotal ou religiosa, após irem para outros caminhos e perceberem que o chamado de Deus é para vida religiosa, vida sacerdotal e isso deve falar mais alto na sua história”, destaca o atual pároco da Maristela, padre Rodrigo Gomes de Moreno.

Congregação Salesiana 

Com 26 anos, Matheus, desde criança, sempre expressou o desejo de ser padre, inclusive brincava de celebrar missa em casa. Entretanto, seu chamado só ocorreu em 2018,  depois de se formar na faculdade e ao ler “O banquete do cordeiro – Scott Hahn”. Foi assim que seu desejo voltou e, este ano, entrou para a formação na Congregação dos Salesianos.

Padre Rodrigo conta que o Matheus sempre esteve ligado a juventude da Maristela e tem suas raízes na comunidade. “Ele já foi coroinha, participou dos nossos acampamentos, pregações, coordenou grupo de jovens, que realmente despontou nele o desejo de ser padre.” 

Coroinha no salão paroquial durante a reforma da Igreja da Maristela. (Matheus Rodrigues / Cedida)

Sabendo de sua vocação, o jovem precisou conhecer os carismas diocesanos e religiosos para saber onde realizaria a sua formação. “A escolha pela congregação se deu por me identificar com o carisma salesiano, que é educar e evangelizar jovens, preferencialmente os mais pobres, de modo a serem ‘bons cristãos e honestos cidadãos’.” 

Matheus, explica que, atualmente, está em formação na cidade de Pindamonhangaba (SP), e vive a experiência comunitária com outros jovens que têm a mesma aspiração e também com a família religiosa, que é composta por quatro padres e um tirocinante. Segundo o seminarista, a formação contempla a parte humana, espiritual, religiosa, social e afetiva.

Dir. Para esq.  Aspirante Lucas, Pe. Bendito, Asp. Wallace, Pe. Alexandre, Pe. Emerson, Pe. Vinicius, Asp. Matheus, Tirocinante Paulo (Matheus Rodrigues / Cedida)

“Ser padre é uma resposta ao chamado de Deus e também da criança que um dia sonhou em ser. O meu maior desejo é aproveitar cada momento da formação. Como dizia um dos jovens que Dom Bosco cuidou, Miguel Magone: ‘Todo tempo é um tesouro’”, afirma Matheus. 

Matheus evangelizando na Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Matheus Rodrigues / Cedida)

A formação está prevista para ser concluída em 2034. “Até lá, e depois também, eu conto com a oração da minha comunidade, onde me formei, amadureci, e sou feliz”, diz Matheus.

Arquidiocese do Rio de Janeiro

Já Eduardo Bohac Ferreira da Rosa, 33, está na etapa do Discipulado II, cursando o 2º ano do curso de Filosofia na Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele conta que sempre esteve muito ligado à Igreja, desde a adolescência nos acampamentos da Maristela. “Entretanto, meu processo de discernimento vocacional teve início apenas mais tarde, por volta dos 30 anos de idade, quando comecei a perceber um chamado de Deus cada vez mais forte no meu coração.”

Fazia seis anos que estava formado em Medicina quando começou a caminhada para discernir a vocação no Rio de Janeiro (RJ), onde já morava por conta do trabalho na área médica. “Fui acompanhado pelo Grupo Vocacional Arquidiocesano (GVA) nos anos de 2018 e 2019, até que no final de 2019 tomei a decisão de entrar de fato no seminário. Meu ingresso ao Seminário Propedêutico se oficializou em fevereiro de 2020 e no ano seguinte passei para o Seminário Maior para os estudos de Filosofia e Teologia.”

Eduardo com a família após a Missa de Ingresso no Seminário no dia 16 de Fevereiro de 2020 (Eduardo Rosa / Cedida)

Padre Rodrigo conta que Eduardo, desde criança, já dava indícios para o sacerdócio. “Ele sempre serviu a comunidade através da música. Era um pouco mais tímido, tinha um jeito peculiar de ser, introspectivo, mas sempre percebemos uma tendência nele também dentro dessa vida religiosa, dessa vida da igreja.” 

O seminarista conta que foi a decisão mais difícil que tomou na vida. “Não foi por acaso que dediquei dois anos inteiros para pensar sobre isso e tomar a decisão. Sempre tive o apoio da minha família para que eu decidisse conforme Deus tocasse em meu coração e hoje a minha caminhada no seminário para o sacerdócio é motivo de alegria em minha casa.” 

Eduardo e seminaristas da comunidade que cursam o segundo ano de Filosofia (Eduardo Rosa / Cedida)

Eduardo aproveitou para dizer sobre o seu objetivo como padre: “O meu desejo é superpovoar o paraíso para que os que estiverem ao meu redor, ninguém se perca no caminho e se afaste de Deus! Meu desejo é que todos sintam-se atraídos pelo amor de Deus. Se nada mais importa na vida do que a nossa salvação, que a alcancemos com a graça de Deus e as forças que tivermos para dizer como São Filipe Neri todos os dias: ‘Eu prefiro o paraíso'”.  

Eduardo segue no segundo ano do curso de Filosofia e a conclusão da Teologia está prevista para 2027. A caminhada no seminário em vista do sacerdócio tem uma previsão de durar aproximadamente oito anos, mas pode variar para cada caso. Em geral, após a Faculdade de Filosofia e Teologia, encerra-se o processo formativo e os seminaristas ficam aptos para a ordenação, se assim a Igreja confirmar a vocação. 

Eduardo cantou com a mãe na missa do 1º Domingo do Natal na Capela São Padre Pio, em Prudente (Eduardo Rosa / Cedida)

Diferença entre diocesanos e religiosos 

O padre Rodrigo explica a diferença: “A diferença entre os padres diocesanos e religiosos é que os padres diocesanos estão ligados a sua diocese e os padres religiosos pertencem a uma congregação, prestando serviço seja em uma paróquia, obra, pastoral, colégio, hospital, nas diversas ramificações que cada congregação tem na sua peculiaridade. Ambos são padres, exercem o ministério, porém as suas raízes onde estão ligados são diferentes. O padre Diocesano fica restrito aos limites e as funções cabíveis da diocese e o religioso fica onde as casas religiosas estão sendo colocadas”. 

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