Tradição católica e celebrado por diversas culturas tanto no Brasil como no mundo, o Dia de Finados, não se trata de um feriado qualquer, mas de uma oportunidade de rezar por entes queridos que buscam a plenitude da vida diante da face de Deus. Dessa forma, o importante não é o ritual, mas a lembrança que habita o coração de todos.
História
Desde o final do primeiro século da era cristã, os fiéis já visitavam os túmulos para rezar por todos que fizeram parte da comunidade primitiva. No século V, a Igreja Católica passou a dedicar um dia do ano para a oração por todos os mortos, principalmente, pelos quais ninguém rezava e se lembrava. No século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) introduziram no Calendário Litúrgico um dia para a oração pelos finados. Entretanto, foi só no século XIII que esse dia passou a ser celebrado em 2 de novembro, já que no dia 1º de novembro era comemorada a Solenidade de Todos os Santos.
Mesmo que seja marcado pela prática de ir ao cemitério para deixar flores em túmulos de entes queridos, acender velas por seus mortos, assistir à Santa Missa ou apenas fazer uma oração, o Dia de Finados não é para festejar a morte. Segundo a tradição, o momento é de celebrar a fé na ressurreição e a esperança do encontro na morada que Jesus preparou.
“É um dia dedicado a homenagens, orações aos que já morreram e nós católicos acreditamos na ressurreição. A morte não é o fim e sim a passagem para a vida eterna”, explica a catequista Nancy Breda Braga.
Tradição do Dia de Finados vem desde o século XIII (Pascom Diocesana / Arquivo)
A fé cristã está ligada à fé na ressurreição, eliminando assim toda e qualquer ideia de renascimento ou reencarnação, já que todos são únicos desde a concepção, durante a vida e após a morte. A razão disso é pela experiência radical de Jesus que foi ressuscitado pelo Pai (At 2, 22s), em uma atitude amorosa que confirmou toda a obra realizada pelo homem de Nazaré em favor de todos.
O fundamento para essa compreensão de fé vem das escrituras de São Paulo que diz: ‘Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé, e nós ainda estaríamos em nossos pecados’ (1Cor 15, 17).
A crença católica entende a ressurreição como um momento de transcendência da realidade finita para uma realidade infinita ao lado de Deus, sendo nela que a vida de todos é transformada. Jesus morreu realmente, mas a graça de Deus o ressuscitou dos mortos e garantiu, assim, a todos os fiéis que nele depositam suas esperanças, a possibilidade de transcender também a fase finita da vida e alcançar a plenitude da personalidade e potencialidades humanas, na realidade de fé que chamamos de Vida Eterna.
“A bíblia diz em João 11, 25-26: ‘Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá.’ Como também em Isaías 26, 19: ‘Os teus mortos viverão, os corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó’”, explica Nancy.
Fiéis rezam por entes queridos crendo na ressurreição (Pascom Diocesana / Arquivo)
O que é purgatório?
Além de toda reflexão, o Dia de Finados remete àqueles que foram morar na eternidade e, consequentemente, orienta os fiéis a rezarem pelos que precisam de purificação para adentrarem no Paraíso e padecem no purgatório, que é uma condição de purificação que as almas devem passar para se apresentarem sem mancha diante de Deus.
Parte da doutrina escatológica da Igreja explica que o purgatório, ao contrário do que se pensa, não trata-se de um castigo, mas de uma intervenção da misericórdia de Deus. É nele que há transformação e a alegria do encontro com Deus que ocorre, superando a dor e o sofrimento.
O verdadeiro significado do Dia de Finados só pode ser encontrado no amor de Deus, que reativa a fé e faz os fiéis meditarem sobre a vida.
Oração por um querido falecido – para o Dia dos Finados
Pai Santo, Deus eterno e Todo-poderoso, nós vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe felicidade, a luz e a paz. Que este vosso servo, tendo passado pela morte, participe do convívio de vossos santos na Luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e vos digneis ressuscitá-lo(a) com os vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no Reino eterno. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.
Pai Nosso…
Ave-Maria…
Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele(a) a vossa luz. Amém!
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